terça-feira, 20 de abril de 2010 0 comentários By: Agefran Costa

ALGODOEIRO

O algodoeiro é o nome vulgar dado a várias espécies do género botânico Gossypium L., da família Malvaceae. Existem cerca de 40 espécies, arbustivas, nativas das regiões subtropicais e tropicais, algumas das quais são utilizadas para a produçãoda fibra têxtil conhecida como algodão.
Em estado selvagem, os arbustos do algodoeiro conseguem atingir até 7 m de altura. As folhas são grandes, com três, cinco (ou mesmo sete) lobos. As sementes estão contidas numa cápsula, estando cada uma envolvida numa fibra felpuda designada pelo vocábulo inglês lint (plural: linters).


As espécies mais utilizadas para fins comerciais são G. hirsutum (Estados Unidos da América e Austrália), G. arboreum e G. herbaceum (Ásia), e G. barbadense (Egipto). Os linters são, geralmente brancos, mas existem também variedades com cor castanha ou verde que, para não contaminarem geneticamente a variedade branca, têm a sua plantação banida junto às grandes produções de algodão.
Espécies utilizadas para fins têxteis:
  • Gossypium arboreum L. – Algodoeiro-arbóreo, nativo da Ásia meridional. * Gossypium barbadense L. – Algodoeiro egípcio, tambémdesignado como algodão-crioulo ou algodão de Sea Island, nativo da América do Sul tropical.















  • Gossypium herbaceum L. – Algodoeiro-asiático ou algodoeiro-do-levante, nativo do sul de África;














  • Gossypium hirsutum L. – Algodoeiro-das-terras-altas ou Algodoeiro-americano, nativo da América Central, das Caraíbas e do sul da Florida.















  • Gossypium vitifolium Lam. - cultivado nos Estados Unidos da América, México, Antilhas e norte da América do SulOutras espécies de Gossypium:
Gossypium sturtianum Willis – algodoeiro-de-Sturt, nativo da Austrália.
  • Gossypium thurberi Tod. – algodoeiro-selvagem-do-arizona, nativo do Arizona, Novo México e norte do México.
  • Gossypium tomentosum Nutt. ex Seem – Ma‘o ou algodoeiro-do-Havai, espécie endémica das ilhas do Havai. O seu lint é curto e castanho-avermelhado, não sendo apropriado para a produção têxtil.

Pragas

  • Bicudo, Anthonomus grandis
  • Pulgão-do-algodão, Aphis gossypii
  • Lagarta-do-tomate, Helicoverpa armigera, e Lagarta-australiana-dos-botões-de-lgodão Helicoverpa punctigera
  • Creontiades dilutus, um insecto que suga a seiva da planta
  • Ácaro-rajado, Tetranychus urticae, T. ludeni (ácaro-vermelho) e T. lambi
  • Tripes, Thrips tabaci e Frankliniella schultzei

Doenças



  • Mancha de Alternaria, causada por Alternaria macrospora e Alternaria alternata
  • Antracnose e ramulose, causada por Colletotrichum gossypii
  • Podridão negra da raiz, causada pelo fungo Thielaviopsis basicola
  • Mancha bacteriana de Xanthomonas campestris pv. malvacearum
  • Podridão vermelha da raiz ou mal do Panamá, causada pelas espécies do género Fusarium.
  • Gomose de Phytophthora, causada por Phytophthora nicotianae var parasitica


Algodão geneticamente modificado

O algodão geneticamente modificado (GM) foi criado a pensar na redução do uso de pesticidas. É plantado em todo o mundo e crê-se que implique o uso de cerca de 80% menos de pesticidas que o algodão norma. Segundo o Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações Biotecnológicas Agrícolas (ISAAA), a área total mundial dedicada ao cultivo de algodão genticamente modificado é de 67,000 km² em 2002. Isto representa cerca de 20% da área total usada para o cultivo de algodão. As colheitas norte-americanas de algodão geneticamente já representam 73% do total da produção nacional.

A introdução inicial de Algodão GM na Austrália foi um desastre comercial - as safras foram menores que as previstas e os algodoeiros fizeram polinização cruzada com outras variedades de algodão. Contudo, com a introdução de uma segunda variedade de algodão GM, a produção deste tipo de algodão passou a representar 15% da produção nacional australiana em 2003 e 80% em 2004, quando a variedade original foi praticamente suprimida.















O algodão orgânico ou biológico é aquele que é cultivado sem uso de pesticidas ou aditivos químicos fertilizantes, recorrendo a métodos de menor impacte ambiental. Este tipo de algodão é especialmente utilizado na produção de lenços, écharpes e kimonos. Existem diferentes níveis de certificação deste género de produto mas, em geral, exige-se que os solos onde a planta é cultivada não tenha recebido qualquer tratamento químico nos últimos três anos antes da plantação.


quarta-feira, 18 de novembro de 2009 0 comentários By: Agefran Costa

SAIA-ROXA

(Datura metel)

Originária da Ásia, África e Índia, mas pode ser encontrada no Brasil. A saia-roxa é uma planta ornamental, cultivada em jardins devido às flores grandes, roxas e vistosas, embora ocorra em terrenos baldios e nas proximidades das habitações. Reproduz-se por estaca e semente e floresce de setembro a março.



Arbusto perene, de 1,0 a 1,5m de altura, caule ramoso, fistuloso com lenticelas. Folhas alternas, longo-pecioladas, inteiras, membranosas, subcordatas, de ápice agudo acuminado, base assimétrica, bordos sinuosos ondulados, verdeescuras, na página superior, ligeiramente mais claras na parte inferior. Flores grandes pedenculadas, solitárias, eretas, campanuladas, roxas, com corola dupla ou tripla. Frutos cápsulas ovóides, contendo muitas sementes de coloração pardo-clara.



Os ramos são dicotômicos e as flores terminais e não axilares como na saia branca. As flores são menos numerosas em comparação com a saia-branca.


A ingestão de qualquer parte desta planta pode provocar os seguintes sintomas:
- Pele seca, quente e vermelha, principalmente no rosto
- Boca seca, dificultando a deglutição e articulação das palavras
- Sede intensa
- Febre
- Aumento da freqüência cardíaca
- Dilatação das pupilas
- Movimentos incoordenados, agitação
- Alternância de comportamento, podendo ficar agressivo
- Confusão mental e alucinaçõesPara saber o significado de alguma



terça-feira, 10 de novembro de 2009 0 comentários By: Agefran Costa

ROMÃ

Hoje, ao acordar, abri a janela e vi, no quintal do vizinho, uma Romanzeira (Romãzeira) toda florida. A beleza daquela planta prendeu meus olhos por alguns minutos naquela imagem e despertou em mim a vontade de compartilhar com vocês a beleza que vi. Assim, apresento a todos que não conhecem - a ROMÃ, que apesar de não ser específica da nossa região, é também uma das mais lindas Imagens do Nordeste.
(Punica granatum)

Família: Punicaceae.
Divisão: Angiospermae
Origem: Oriente Médio
Ciclo de Vida: Perene
A importância da romã é milenar, ela aparece nos textos bíblicos e os gregos a consideravam como símbolo do amor e da fecundidade. Para os judeus, a romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo, pois acredita-se que o ano que chega sempre será melhor do que aquele que vai embora.

É uma arvoreta que atinge de 2 a 5 m, de tronco acinzentado e ramos avermelhadas quando novos. A romãzeira se adapta desde os climas tropicais e subtropicais aos temperados e mediterrânicos. As flores da romazeira são vermelho-alaranjadas e simples, ocorrendo variedades de flores dobradas como a "Legrellei". Os frutos são esféricos, com casca coriácea e grossa, amarela ou avermelhada manchada de escuro. O seu interior é composto de muitas sementes, cobertas por um tegumento espesso, polposo de cor rósea ou avermelhado, de sabor ácido e doce. É esta polpa que envolve as sementes a parte comestível do fruto.

Sua popularidade no paisagismo tem aumentado muito nos últimos tempos. A utilização da romazeira é usual em jardins de estilo mediterrâneo e é crescente seu cultivo em vasos, adaptando-se aos jardins em varandas e pequenos espaços. A variedade "Nana" (Mini-romãzeira) é a mais apropriada para esta utilização.

Pode ser cultivada em grande variedade de solos, preferindo os profundos, sempre sob sol pleno. Rústica, tolera moderadamente a salinidade, as secas e o encharcamento. Resiste às temperaturas baixas de inverno e é sensível às geadas tardias de primavera. Multiplica-se por sementes.


Constituintes químicos: alcalóides (peretierina, isoperetierina, metil-isoperetierina, pseudo-peretierina), taninos, Vitamina B1 (tiamina), Vitamina B2 (riboflavina), sais minerais (fósforo, potássio, sódio, cálcio, ferro).
-Casca do fruto: taninos, resina, açucares, pigmentos (antocianinas).
-Flores: taninos, pigmentos (antocianinas).
-Sementes: ácidos orgânicos (cítrico, málico e tartárico), vitamina C, água, açucares.


Propriedades medicinais: adstringente, antidiarréica, antidisentérica, antiinflamatório, anti-séptico, antitérmica, antivirótica, diurético, eupéptica, mineralizante, tônico, vermífuga.

Indicações: aftas, amigdalite, angina da garganta, blenorréia, chagas na boca, cólica intestinal, diarréia, difteria, disenteria amebiana, dispepsia, doenças gastrintestinais, doenças do aparelho genito-urinário, dores de garganta, espasmo, desinfetar ferida, febre, fortalece as gengivas, garganta, gases, gengiva, hemorragia do útero, hemorróidas, inflamação, lavagem dos olhos, lavagem vaginal, leucorréia, tênia (vermes), metrorragia, prolapso do útero, solitária (teníase), verminoses, úlceras da boca.

Parte utilizada: sementes, casca do fruto e do tronco, casca da raiz.


Contra-indicações/cuidados: os alcalóides são muito tóxicos e pode provocar náuseas, vômitos e até a morte. A toxicidade em extratos é reduzida pois há a formação de um complexo entre os alcalóides e os taninos. Em alguns países, seu uso é proibido devido à concentração de alcalóides. Há registros de intoxicações seguidos de morte, pela ingestão de 150g de pó da casca da raiz.

Modo de usar: infusão, xarope, decocção.
- Infusão da casca dos frutos, em gargarejo: aftas e dores de garganta;
- Infusão das folhas: lavar os olhos;
- Decocção de 3 colheres de sopa da casca do caule ou da raiz em 1 copo de água. Dividir em 3 doses a serem bebidas em um dia.No dia seguinte tomar um laxante.
- Suco: difteria, inflamações gastrintestinais e afecções gênito-urinários;
- Xarope do suco: anginas e afecções da garganta;
- Infusão da polpa da romã: diarréia;
- Decocção de 40 a 60g do pó da casca do tronco, da raiz ou do fruto em 1 copo de água. Tomar 3 a 4 vezes no espaço de 1 hora;
- Fruto: mascar no máximo 10 pedaços de casca dos frutos por dia: inflamações da boca e garganta;
- Decocção de 1/4 da casca de um fruto por 10 minutos em 1 copo de água.
- decocção da casca de fruta e do arbusto: desinfetar ferida, inflamação de garganta e boca, gases. Tomar 2 a 3 xícaras de chá ou fazer gargarejo da decocção.





segunda-feira, 9 de novembro de 2009 2 comentários By: Agefran Costa

MELANCIA-DA-PRAIA

(Solanum capsicoides)
Família: Solanaceae.
Outros nomes populares: arrebenta-boi, arrebenta-cavalo, baba, babá, baga-de-espinho, gogoia, joá-vermelho, juá-ti, juá-vermelho, mata-cavalo, mingola.

Espécie conhecida pelo nome popular de Melancia-da-praia, é encontrada principalmente nas regiões litorâneas da costa Atlântica da América do Sul. Ocorre em ambientes alterados e também nas bordas das matas próximas à água. É um arbusto aculeado, pequeno, com folhas sinuado-lobadas, ciliadas, membranosas, apresentando exclusivamente tricomas simples. A inflorescência tem poucas flores brancas ou roxas, das quais apenas uma frutifica. As anteras são amarelas na porção basal e brancas na apical. O fruto é globoso, variando da cor laranja-avermelhado ao vermelho intenso, alcançando até 4,5 cm de diâmetro quando maduro, e tem um pericarpo fino, sem polpa, deiscente por linhas irregulares. Floresce e frutifica, principalmente, na primavera e verão, mas pode ser encontrada florida durante quase todo o ano.