quinta-feira, 29 de outubro de 2009 0 comentários By: Agefran Costa

PALMA

PALMA - Opuntia ficus-indica.


Características: Cacto suculento, ramificado, de porte arbustivo, com altura entre 1,5 e 3 m, ramos clorofilados achatados, de coloração verde-acinzentada, mais compridos (30 - 60 cm) do que largos (6 - 15 cm), variando de densamente espinhosos até desprovidos de espinhos. As folhas são excepcionalmente pequenas, decíduas precoces.
A espécie mais cultivada é a palma doce ou miúda (Nopalea cochenilifera) cujas raquetes alongadas possuem em média 25 cm de comprimento. É a menos resistente à falta de água mas é a mais palatável e nutritiva.
A palma é resistente à falta de chuvas, armazena uma grande quantidade de água e tem alta digestibilidade. Há produtores rurais que conseguem até 30 toneladas de matéria seca de palma em apenas um hectare, o que significa a produção de aproximadamente 300 toneladas de palma a cada dois anos.

Floração: As flores podem amarelas, laranjas ou vermelhas. São brilhantes e bem vistosas.


Frutificação: Os frutos são amarelos-avermelhados, suculentos, com aproximadamente 8 cm de comprimento, com tufos de diminutos espinhos.




segunda-feira, 26 de outubro de 2009 0 comentários By: Agefran Costa

CABEÇA DE FRADE

CABEÇA DE FRADE (Melocactus zehntneri)

Características: Cacto de forma cilíndrica, com costelas bem acentuadas, com espinhos marrons numerosos, mas curtos e direitos. À medida que cresce pode tomar a forma de uma pirâmide e na maturidade desenvolve uma cabeça no topo, chamada de cephalium, coberta de espinhos bem pequenos, delgados e vermelhos. Entre os espinhos nascem pequenas flores rosadas ou vermelhas.
A coroa desse cacto no passado era muito usada na confecção de uma peça para cela de montar. Da coroa é extraída uma lã parecida com algodão. Estes da foto foram fotografados no povoado Sobrado entre Itabaiana e Macambira em uma pedreira. Vive quase exclusivamente com o sereno da noite.

Floração: Apesar de ser mais intensa no verão, pode ser vista o ano todo.

Frutificação: Pequena baga vermelha que serve de alimento para pássaros e animais.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009 0 comentários By: Agefran Costa

XIQUE - XIQUE

XIQUE - XIQUE (Pilocereus gounellei)

Cacto típico de todo sertão nordestino. Invadem as serras e caatingas do nordeste. Seus galhos se arrastam pelo chão formando verdadeiros alastrados. Os espinhos são agudos brancos e se formam em um conjunto com vários espinhos. A planta é de cor verde claro. Ao lado do mandacaru é um dos frutos da caatinga disputados por colecionadores da espécie e integra alguns cardápios exóticos do Nordeste brasileiro (com pratos como o "cortado" de xique-xique). Ela é largamente utilizada para a produção de ração animal, mas geralmente reserva a quem a colhe ou consome grande quantidade de espinhos.

Floração: coloca flores rosadas protegidas por uma espécie de algodão natural produzido pela planta. As flores surgem nos meses que antecedem as trovoadas, geralmente de dezembro a janeiro.

Frutificação: os frutos são bagas de tamanho médio, verde por fora e vermelha por dentro, repletos de sementes que são muito apreciadas por aves e animais da caatinga.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009 0 comentários By: Agefran Costa

Nossa Vegetação

Temos uma formação vegetal ímpar, a caatinga, que ocupa uma área de 734.478 km2 e é o único bioma exclusivamente brasileiro. Isto significa que grande parte do patrimônio biológico dessa região não é encontrada em nenhum outro lugar do mundo além de no Nordeste do Brasil.

A caatinga tem uma fisionomia de deserto, com índices pluviométricos muito baixos, em torno de 500 a 700 mm anuais. Em certas regiões do Ceará, por exemplo, embora a média para anos ricos em chuvas seja de 1.000 mm, pode chegar a apenas 200 mm nos anos secos.

A temperatura se situa entre 24 e 26 graus e varia pouco durante o ano. Além dessas condições climáticas rigorosas, a região das caatingas está submetida a ventos fortes e secos, que contribuem para a aridez da paisagem nos meses de seca.

As plantas da caatinga possuem adaptações ao clima, tais como folhas transformadas em espinhos, cutículas altamente impermeáveis, caules suculentos etc. Todas essas adaptações lhes conferem um aspecto característico denominado xeromorfismo (do grego xeros, seco, e morphos, forma, aspecto).

Bem. Já que começamos nossas imagens do Nordeste pela Caatinga, porque que não mostrarmos a família de plantas símbolo deste bioma – As Cactáceas.


Família de dicotiledóneas que se distribui por cerca de 90 géneros e cerca de 1400 espécies. São plantas xeromórficas arborescentes ou arbustivas, mais ou menos suculentas, geralmente espinhosas, de consistência rígida, mas não estruturalmente lenhosas.
As Cactáceas (Cactaceae) são, na sua maioria, oriundas da América e apenas um género proveniente de África. Na Península Ibérica encontram-se várias espécies arbustivas, de que a mais conhecida é a Opuntia maxima, conhecida por figueira-da-Índia.
É interessante o facto de esta família apresentar, de maneira curiosa, diferentes tipos morfológicos de caule. O caule é, geralmente, suculento e ramificado. As ramificações podem ter forma cilíndrica, cónica, globosa ou espalmada. São ramificações longas, com ou sem folhas, ou curtas, produzindo um espinho ou um aglomerado de espinhos.
Em geral, as folhas das Cactáceas são rudimentares e estão, quase sempre, transformadas em espinhos. São folhas simples, inteiras e alternas. Não possuem estípulas.
As flores são hermafroditas, actinomorfas. O perianto petalóide é constituído por numerosas tépalas, normalmente, livres.
Têm estames numerosos, com anteras deiscentes por uma fenda longitudinal. Os carpelos, normalmente em número de três, encontram-se soldados. O ovário é quase sempre ínfero, unilocular e com numerosos óvulos.
O fruto é carnudo - baga -, com numerosas sementes e frequentemente revestido de escamas.
Muitas Cactáceas, como, por exemplo, as pertencentes aos géneros Opuntia, Cereus, Hylocereus e Schlumbergera, são apreciadas como plantas ornamentais. Noutros exemplares desta família, como em várias espécies de Opuntia, os frutos são comestíveis.

PRINCIPAIS CACTOS DO NORDESTE

MANDACARU


Nome Científico: Cereus peruvianus e Cereus jamacaru.
Características Ramificado desde rente a base do caule, o mandacaru lembra um imenso candelabro. Nasce quase sempre isolado, com vegetação de menor porte ao redor, o que acentua a impressão de solidez. Podem atingir cerca de cinco metros de altura, recebem outros nomes, como jamacaru, cardeiro, cardeiro-rajado e mandacaru-de-boi. Do caule, cortado em pedaços, se faz um apreciado doce. O caule também fornece fécula.
Floração .Ramificado desde rente a base do caule, o mandacaru lembra um imenso candelabro. Nasce quase sempre isolado, com vegetação de menor porte ao redor, o que acentua a impressão de solidez. Podem atingir cerca de cinco metros de altura, recebem outros nomes, como jamacaru, cardeiro, cardeiro-rajado e mandacaru-de-boi. Do caule, cortado em pedaços, se faz um apreciado doce. O caule também fornece fécula. Geralmente em Dezembro. Nos Cereus peruvianus, as flores afuniladas medem até vinte centímetros de comprimento, são brancas por dentro e castanho-avermelhadas por fora. Em Cereus jamacaru, o comprimento das flores, brancas e estriadas de verde, reduz-se a 12,5cm.

Frutificação: Os frutos dos dois mandacarus são comestíveis, têm formato elipsóide e podem alcançar 20 cm de comprimento por 12cm de diâmetro. Em épocas de escassez, podem ser comidos crus depois de extraída as cascas.